Governo quer ajuda do agro para baixar preço dos alimentos

Cobrados por Lula, ministros atribuíram a alta a questões climáticas. Presidente vai discutir o assunto com empresários do agro, na próxima semana, para incluir alternativas no Plano Safra 2024-2025

Ministros esperam queda nos preços dos alimentos a partir de abril -  (crédito: Ricardo Stuckert)

crédito: Ricardo Stuckert

Ministros esperam queda nos preços dos alimentos a partir de abril

O governo federal estuda formas de reduzir o preço dos alimentos, que subiu acima da inflação desde o início do ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou, ontem, ministros para tratar do tema e deve conversar com representantes do agronegócio na próxima semana.

Ao deixar a reunião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que as alternativas devem entrar no Plano Safra 2024-2025, para aumentar a área plantada de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca, incluindo também a oferta de crédito aos produtores. Caso o preço não abaixe mesmo assim, a equipe econômica pode avaliar outras medidas.

A alta na inflação de alimentos é tratada como pontual e atribuída a questões climáticas, que impactam a produção desde o final do ano passado. Nos dois primeiros meses de 2024, o preço dos alimentos consumidos pelos domicílios brasileiros aumentou mais do que o dobro da inflação medida pelo Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA). O total acumulado do IPCA de janeiro e fevereiro é de 1,25%, enquanto apenas os alimentos subiram 2,95%. Somente em fevereiro, os alimentos em domicílio aumentaram 1,12%. As maiores altas foram na cebola (7,37%), batata-inglesa (6,79%), frutas (3,74%), arroz (3,69%) e o leite longa vida (3,49%). No ano passado, o preço dos alimentos fechou com a menor alta desde 2017.

“O presidente chamou a equipe de ministros para discutir essa alta de alimentos ocorrida no fim do ano. Porque, de fato, é uma preocupação do presidente que a comida chegue barata na mesa do povo”, declarou o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, após a reunião. “Esse aumento ocorreu em função de questões climáticas. Todo mundo assistiu ao excesso, à alta temperatura no Centro-Oeste. Foi um aumento sazonal, e a tendência agora é diminuir”, acrescentou.

Fonte: em.com.br